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Mulher, Filha e Mãe

Porque a saúde mental na gravidez e no pós-parto importa!

Mulher, Filha e Mãe

Porque a saúde mental na gravidez e no pós-parto importa!

Ter | 31.03.15

Sabiam que... um bebé pode chorar por sentir raiva?

Ana Vale

Eu não.

 

Só soube há pouco tempo quando li um livro bastante interessante e esclarecedor sobre "Como compreender a agressividade na criança" de T. Brazelton e J. Sparrow.

 

Os mesmos, ainda referem que:

 

"Nos primeiros meses, os pais estão atentos aos choros de necessidades do bebé - fome, dor, aborrecimento e cansaço - e estão prontos a responder-lhes. Mas é um grande choque constatar que o bebé pode sentir raiva. Um bebé já não doce e inocente, mas zangado mostra uma nova forma de se tornar pessoa."

 

Confesso que a primeira vez que senti que a minha filha chorou (pelos vistos) por raiva, por não lhe dar o biberão logo quando pediu, foi um choque.

Senti necessidade de compreender um pouco melhor aquele momento. Fiquei curiosa, confesso. Especialmente preocupada, intrigada e confusa, mas curiosa. Senti que nada a acalmava, nem o meu colo, nem os meus braços, nem a minha voz, muito menos a minha presença. Parecia que tudo piorava o seu estado, e o seu choro, agudizava a cada segundo que passava. Ah! E tinha a certeza que não eram cólicas, ou qualquer outra coisa mais "Básica" do cuidar (É aquela coisa do Nós, mães, é que sabemos!)...

Até que, parou. Não quis o biberão, ficou algum tempo séria. E só passado cerca de meia hora, é que lá voltou a chamar por nós. A tentar socializar. 

 

Nunca mais aconteceu mas, fiquei um pouco mais descansada quando descobri nas entrelinhas do livro deste grande senhor que: 

 

"Os sentimentos de agressividade e a dúvida sobre como lidar com eles são formas da criança se afirmar. Os pais terão de lhe dar espaço para a afirmação desta faceta da sua personalidade. Se forem capazes de enfrentar estes sentimentos, poderão também ajudar os filhos a enfrentá-los."

 

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E esta,

 

[Vá, não se riam da minha ignorância. Estamos sempre a aprender!]

Seg | 30.03.15

Nós, mães, é que sabemos! (Será?)

Ana Vale

Não é fácil deixar os filhos com outras pessoas quando se quer sair. Seja por uma tarde, ou por um fim-de-semana.

Não é, de todo.

[Ou serei só eu a senti-lo?]

 

Nós, mães, temos aquela presunçosa, profunda, inocente, visceral e sincera típica mania de que, não há ninguém que cuide melhor deles.

Somos nós que sabemos como é que se acalmam. Nós é que sabemos como é que gostam da sua alimentação. Nós é que sabemos como é que se conjuga melhor a sua roupinha. Nós é que sabemos como adormecê-los. Nós é que sabemos do que precisam. Nós é que sabemos o que querem dizer, mesmo sem falar. Saíram de dentro de nós, portanto, somos nós que sabemos. Somos nós.

 

Mas seremos mesmo?

 

É que no final, quando regressamos:

- Acalmaram-se na mesma.

- Alimentaram-se como deviam;

- Estão bem vestidos;

- Dormiram como deviam;

- Manifestaram o que necessitaram e, mais minuto, menos minuto, as suas necessidades foram supridas; 

 

E quando nos (re)vêem, choram, riem, bracejam, beijam-nos e aninham-se no nosso colo, como se não houvesse amanhã!

É tão difícil passar tempo longe deles, assim como nos é tão fácil arrecadar toda a emoção que nos transmitem, por nos quererem, por demais, perto deles. 

 

E agora, em que é que ficamos?

 

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Qui | 26.03.15

EU SOU CAPAZ!

Ana Vale

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Por hoje, volto costas. 

Volto costas aos devaneios que tomam por loucos guerreiros que nos fazem sorrir. 

Volto costas à deriva, que nos coloca a vida, num mar sem fim atingir.

Volto costas à ira que implica o estrago de um dia a começar.

Volto costas ao jogo, que implica a vitória de quem age sem pensar.

Volto costas ao suor, que derramei sem pudor, e que pouco ou nada me fez ganhar.

Volto costas à mágoa, que me apraz aquela emoção que não consegue atingir a razão.

Volto costas ao ser, que me irrita a valer e me faz enlouquecer.

Volto costas porque sim.

Volto costas porque consegui.

Volto costas, porque me apetece gritar:

 

EU SOU CAPAZ!

 

 

 

 

 

Qui | 26.03.15

Na fila do supermercado: Inacreditável!

Ana Vale

Por favor, tentem imaginar esta situação (e NÃO..não estou mesmo a exagerar!):

 

Eu, a minha Mãe e o meu Pai na fila do supermercado, numa caixa prioritária, cheios de compras.

Eu a tentar embalar a minha filha que estava a ficar com uma Sra. birra, a minha mãe a tentar ajudar o meu pai no que podia, e o meu pai a agilizar a colocação e arrumação de compras na caixa e nos sacos.

Entretanto, chega uma senhora (que no diálogo classifico como Sra. CUGL = Com Uma Grande Lata) muito depressa, cheia de sacos de vários tipos de compras, inclusive, as do supermercado e manifesta o seguinte:

 

Sra. CUGL: Saia-me da frente, saia-me da frente!!!!

Eu: Desculpe?

Sra. CUGL: E já agora.. segure-me nos sacos que isto está quase a cair!!

Eu: Desculpe?!? Lamento, mas eu agora não consigo. Pai?

Sra. CUGL: Então segure a Sra.! vá váá.. que isto está quase a cair!!!

Mãe: Desculpe, mas eu fui operada ao braço há muito pouco tempo e não posso pegar em pesos..

Sra. CUGL: E Então? E eu fui operada à coluna... váá..váá.. segure-me lá nos sacos!!

Mãe: Minha senhora, lamento mas já lhe disse que não posso. 

Pai: Minha senhora a minha esposa já lhe disse que não pode. Dê cá o saco. 

Sra. CUGL: Pois, a sua esposa não pode, mas eu também não!! 

Mãe: Então, mas eu não posso e não ando a carregar tanto saco no supermercado. Se a Sra. não pode, porque o faz? Existem carrinhos e cestos, escusa de levar tudo na mão.

Sra. CUGL: Pois, mas não me deu jeito ir buscar nenhum...

 

 

Serei só eu a achar ou... de facto "eles andem aí" ?!?

 

Está tudo louco!

E depois uma pessoa é apanhada completamente desprevenida e fica sem saber o que responder. 

 

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Seg | 23.03.15

Amor não é posse.

Ana Vale

Na sequência de uma conversa sobre filhos, amor, posse e personalidade, um amigo sugeriu-me a leitura de um livro: "O Profeta" de Gibran Khalil Gibran.

 

Até agora, todas as suas palavras parecem-me redondamente interessantes. Fazem-me parar para refletir não só em todas as perspetivas de uma frase, como também no que aquela frase poderá significar quando incluída na esfera da minha vida. Ainda não acabei, mas também não posso deixar de evidenciar aqui o seguinte excerto:

 

"Vossos filhos não são vossos filhos,
são os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor,
mas não vossos pensamentos.
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles,
mas não podem fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás
e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos
são arremessados como flechas vivas.
O Arqueiro mira o alvo na senda do infinito
e vos estica com toda a sua força
para que suas flechas se projectem rápido e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do Arqueiro seja vossa alegria;
Pois assim como Ele ama a flecha que voa,
ama também o arco que permanece estável."

 

Ontem, como filha, e hoje, também como mãe, faz-me sentido. É uma leitura transversal, rica e reflete, sem dúvidas e com bastante clareza que amor não é posse.

Amar não é ter ou impor o seu ser.

Amar é estar disponível para. É deixar ir, mas continuar lá.

Com respeito, humildade e assertividade, amar, é também ter a noção, que há sofrimento implícito. 

 

Não é, de todo, fácil o ato de amar.

Mas também, quem disse que seria?

 

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Sab | 21.03.15

Oh não! O meu bebé tem muitas cólicas...

Ana Vale

...E não é o que todos têm nos primeiros meses de vida?

 

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Ou existe por aí algum(a) felizardo(a) que nunca ficou uma noite acordado(a) à conta destas compinchas?

Vá.. Confesso que AINDA não passei uma noite acordada. Mas digamos que entre as 17h e as 22h deixo de ter vida por completo e passo a ser o colo, a voz, a sinfonia, o mimo, o aconchego, o carrinho, o alimento emocional da minha filha. E por muito gosto que tenha em estar sempre disponível para ela, estas horas não são nada fáceis!

E embora já tenhamos tentamos algumas coisas, até agora, nada resultou...

 

Mas afinal, porque é que as cólicas surgem? Serão assim tão necessárias? Ou poderão querer dizer-nos algo mais?

 

Por incrível que pareça, são necessárias sim!

Trata-se de uma fase de organização do cérebro que terá de ser percorrida para se atingir um grau de maturidade superior. É normal, faz parte da vida do bebé e ajuda-o a encontrar níveis mais perfeitos de organização e de consolo.

Muito se tem debatido sobre a origem das cólicas, existindo várias vertentes identificadas, como: o ar que o bebé engole durante a alimentação, a intolerância ao leite de vaca que o bebé acaba por ingerir com a toma do suplemento ou poderá mesmo ser uma reação natural ao stress do parto e das primeiras semanas de vida. Ainda assim, temos de contar com a imaturidade do intestino que faz com que certos segmentos intestinais se "fechem", de vez em quando, provocando dilatação nos anteriores (os chamados movimentos peristálticos) causando dor. Provavelmente todos estes motivos estarão corretos, embora varie de criança para criança, o que nos leva à estaca 0: a dúvida sobre se são cólicas, e de onde é que aquela especifica crise poderá vir.

 

De todas pesquisas que fizemos sobre o que podemos fazer para acalmar os nossos bebés quando têm cólicas, esta, sem dúvida, que consideramos a mais simples, atual e completa. Se tiverem interesse, porque não darem uma vista de olhos? 

 

http://lifestyle.sapo.pt/familia/bebe/artigos/dos-0-aos-6-meses-colicas

 

Mais algum conselho que queiram dar?

Alguma experiência que gostassem de partilhar?

 

Não só pela fase que estamos a passar, mas também pelo tema em si, gostávamos muito de saber a vossa opinião!

 

Sex | 20.03.15

Um(a) Pessoa, uma vez disse...

Ana Vale

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.

 

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

 

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

 

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um 'não'. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

 

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

 

 

 

 

...E eu, concordo.

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