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Mulher, Filha e Mãe

Porque a saúde mental na gravidez e no pós-parto importa!

Mulher, Filha e Mãe

Porque a saúde mental na gravidez e no pós-parto importa!

Ter | 14.07.15

Vou dar uma Palestra sobre "Depressão Pós-Parto: Problemas e Soluções".

Ana Vale

Palestra 16 Julho DPP.png

 

 

Será dia 16 de Julho (5ªfeira) pelas 14h30 na Cruz Vermelha Portuguesa da Delegação da Costa do Estoril.

O evento é GRATUITO.

 

Temas como fatores de risco para o desenvolvimento de uma Depressão Pós-Parto, assim como estratégias para se lidar com a mesma, serão abordados durante a sessão.

 

Inscrevam-se enviando email para: blog@mulherfilhamae.pt

 

 

Conto com a vossa presença? 

Seg | 13.07.15

Ansiedade Pós-Parto: quando é que deixa de ser normal e passa a patológica?

Ana Vale

É uma pergunta que me colocam com frequência quando falo sobre ansiedade no pós-parto, como já o fiz neste post

 

É claro que nunca nos podemos esquecer que cada caso é um caso, e que para haver um diagnóstico e algo ser considerado como "patológico" então, há que consultar um médico.

Contudo, existem sinais que a mulher e respetiva família podem (e devem) estar atentos para conseguirem distinguir entre um tipo de ansiedade e outro.

 

A verdade é que a fase do pós-parto caracteriza-se por ser um momento em que a ansiedade é naturalmente decorrente do confronto com todas as novas situações com as quais a mulher/casal/família se confronta/confrontam e que integram um conjunto de inúmeras transformações fisiológicas, psicológicas e sociais para todos. No entanto essa ansiedade deixa de ser natural quando ultrapassa um determinado limite.

 

É difícil traçarmos uma linha certa entre um momento e outro, tornando-a num momento padrão para compreendermos a resposta à questão colocada. Contudo, há determinadas manifestações que podem ser observadas e que nos podem dar algum sinal de que alguma coisa não está bem e que já ultrapassou o espaço do natural

 

 

Alguns autores definem a ansiedade normal como a decorrente de preocupação/receio que ocupa um tempo limitado (20 a 50 % do tempo) e que não interfere com o funcionamento habitual da pessoa, e com a realização das suas atividades diárias. 

Por outro lado, temos a ansiedade considerada patológica que se caracteriza por ser persistente, geradora de grande angústia e que perturba diferentes áreas do funcionamento, necessitando assim, de intervenção especializada para lidar com a mesma.

 

Na prática, o que estes autores querem dizer é que quando no seu quotidiano, a mulher acaba por experienciar (persistentemente e a longo prazo) momentos de (por exemplo) maior irritabilidade, cansaço extremo, grandes dificuldades de concentração, insónia frequente, preocupação excessiva com determinados pormenores, incapacidade de relaxar, entre outros, ao ponto deste tipo de manifestação acabar por incapacitá-la de vivenciar o seu dia-a-dia (ou mais de metade do seu dia-a-dia), então, poderemos estar perante um tipo de ansiedade que já deixou de ser naturalmente decorrente da fase de um pós-parto. 

 

Mais uma vez, é aqui que o companheiro e restante família se tornam fundamentais no processo de reconhecimento, suporte e encaminhamento para uma ajuda especializada, pois embora a Mulher possa passar por todas estas manifestações, também poderá não o perceber de imediato.

 

 

Fonte1

Fonte2

Dom | 12.07.15

E quando eles começam com as Papas, Sopas e Frutas? #5 - As fezes podem ficar mais duras!

Ana Vale

Quando eles começam com este tipo de alimentação, o intestino passa por mais uma fase de adaptação o que faz com que haja uma forte possibilidade das fezes ficarem menos moles, dificultando assim a sua saída e podendo causar um grande desconforto aos nossos bebés. 

 

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Contudo, existem algumas estratégias que se podem utilizar para tentar diminuir o desconforto, tais como:

 

- Utilizarem maioritariamente vegetais "verdes" na sopa (p.ex: brócolos, feijão verde, agrião, alface, rúcula, couve, espinafres, etc..);

- Tentarem diminuir o teor de cenoura, batata e abóbora na sopa;

- Tentarem não misturar os anteriores vegetais na sopa (p.ex: numa sopa utilizam só cenoura em pouca quantidade e não a abóbora e a batata e vice-versa)

- Manterem a realização da massagem na barriga, de preferência antes de darem a alimentação;

- Caso os vossos bebés não consigam evacuar durante mais de dois dias e/ou manifestem grande irritabilidade derivada do desconforto, podem sempre utilizar um pouco do famoso bebégel para facilitar a saída das fezes.

 

E por aí, alguém tem mais alguma estratégia que queira partilhar?

Sab | 11.07.15

Vou falar sobre Baby Blues e Depressão Pós-Parto em vários locais. Venham ter comigo!

Ana Vale

Ao longo deste mês vou ter a oportunidade de continuar a falar sobre esta temática em vários locais, como podem ver no quadro seguinte:

 

agenda julho 2015.png

 

 

Temos aqui a oportunidade de nos encontrarmos e esclarecermos todas as questões pessoalmente!

O evento na Cruz Vermelha e na Loja do Umbigo são GRATUITOS.

 

  • Para o evento na Cruz Vermelha (Estoril) inscrevam-se enviando email para blog@mulherfilhamae.pt

 

 

 

 

 

É tão bom sentir que este tema se vai difundindo na comunidade.

É tão bom sentir que vamos formando e informando cada vez mais pessoas, e que estas, vão estando mais alerta para os temas em questão. 

 

Mesmo se não conseguirem ir e tiverem alguma questão, ou se quiserem que vá falar sobre este tipo de tema a algum local perto de vós, enviem-me email para blog@mulherfilhamae.pt.

Sex | 10.07.15

Histórias que dão a cara por esta causa #7 - "O meu companheiro abandonou-nos nesta luta"

Ana Vale

Confesso que este, foi mais um testemunho que me deixou perplexa a olhar para o ecrã do computador... 

 

Como é que em pleno século XXI ainda se quebram famílias a este ponto e os casais ainda se separam por problemas como Depressões pós-parto subdiagnosticadas?! 

Como é que em pleno século XXI as famílias ainda não estão alerta para a existência (sim, porque estes problemas EXISTEM!) deste tipo de problemas? Como é que ainda se desvaloriza? Como é que a mulher ainda é culpabilizada e concomitantemente vive em sofrimento com a dor de uma Depressão? Como?! 

 

É que eu tenho a certeza que ao lerem o testemunho que chegou até mim há poucos dias, vão ficar exatamente com as mesmas questões!

 

Mais uma vez, um grande bem haja para esta mulher de coragem que fez chegar até nós a sua dura história, e que se mantém sob as consequências de uma realidade que já tem sido muito debatida por aqui: a Depressão pós-parto

 

 

"No meu caso, apenas no primeiro trimestre dormi bem. Depois, a partir de meados do segundo trimestre já não havia posição e no terceiro acordava de hora a hora. Por isso e pelos restantes fatores que referiu, sim, tive uma depressão pós-parto que se mantém e só agora está a ser tratada. Até aos 2 anos de idade da minha filha nunca dormi uma única noite seguida, nem mais de 4 horas seguidas. Acordava várias vezes de noite. Uma situação que me levou a um desgaste gigantesco. Depressão e quase esgotamento. A vida tal como era antes acabou. O meu companheiro abandonou-nos nesta luta, nesta vida que perspectivamos. Depois, tive de gerir as minhas emoções e as da minha filha. Não há palavras! Os amigos afastam-se, a família culpabiliza. Ninguém sequer conseguirá imaginar o sofrimento por que se passa nestas situações. Nunca imaginei chegar a esta situação tão difícil. 

Obrigada pelo seu blog que muito me tem ajudado.
Sim, claro que pode partilhar, para que se saiba onde se pode chegar, para que ajude outras mães e pais."

 

 

Se também nos quiserem enviar a vossa história, não hesitem!

Com a existência de cada vez mais testemunhos, sem dúvida alguma que o assunto ganhará mais força e será levado com mais realismo, a cada vez mais locais no nosso País!

Enviem-nos email para blog@mulherfilhamae.pt

 

 

 

Podem consultar a sequência de comentários/testemunho na íntegra aqui

 

Qui | 09.07.15

Sim, é verdade: os problemas de Saúde Mental no Pré e Pós-Parto EXISTEM!

Ana Vale

Lembram-se do diário que vos falei neste post?

Já há algum tempo que não publico nada sobre o mesmo, mas estará para breve.

 

Acontece que, como devem calcular, publicar algo assim tão íntimo torna-se duro. 

Torna-se duro confrontarmo-nos com determinadas situações do nosso passado.

Torna-se duro revivermos determinadas passagens menos positivas da nossa vida. 

Torna-se duro repetir vezes sem conta sentimentos que nos fizeram sofrer e atitudes que nos criaram, e que criaram mágoa.

Torna-se duro...

 

E como tal, embora já tenha muitas das páginas transcritas para o blog, relê-las e posteriormente publicá-las, é duro para mim. 

Tal como é duro para algumas mulheres reviverem as suas histórias e partilharem-nas connosco. 

Tal como é duro para algumas mulheres detalharem os seus sentimentos nos emails que me enviam e que eu publico na rubrica "Histórias que dão a cara por esta causa", para que quem um dia os possa também sentir, retire de cada linha uma orientação para si e para o seu âmago. 

 

Para quem já passou e passa por uma situação destas, é definitivamente, duro. 

Assim como eu acredito que o seja para qualquer um que a presenciar de perto.

E é por isto que continuo e que pretendo continuar. 

Para que, mesmo sendo uma realidade dura, deixe de ser tão amarga e que possa ser o mais tolerável e compreendida por todos, e pela mulher em especial. 

 

Para que todos valorizem e entendam que o Baby Blues, que a Depressão, a Ansiedade e a Psicose Pós-Parto, são momentos duros e REAIS

 

Sim, é verdade. Eles existem. Todos. Cada um, com a sua maneira e feitio.

 

 

 

Qua | 08.07.15

Mudam-se os tempos, adaptam-se as Músicas!

Ana Vale

Sempre adorei ouvir música! 

 

Fosse para onde fosse, havia algo que não faltava: o meu walkman, que posteriormente virou discman (Ainda se lembram?!), que posteriormente se transformou no meu mp3.

 

Músicas de grupos/cantores como os Dire Straits, Roxette, Caetano Veloso, Ana Carolina, Seal, Mafalda Veiga, Vaya con Dios, Tracy Chapman, Aerosmith, Tina Turner, Clã, Bob Marley, Queen, Xutos e Pontapés, Maria Gadú, George Michael, The Cranberries, etc etc etc... (Podia estar aqui o dia todo a falar sobre música, pois como podem ver nesta pequena seleção que aqui identifiquei, eu gosto... de tudo!) marcam a minha vasta lista pessoal de músicas favoritas.

 

Eu gosto de música que me toca, me envolve, e me faz viajar.

Eu gosto de música que desperta o melhor de mim.

Eu gosto de música que me embala numa inspiração profunda e me exorciza de fantasmas numa expiração prolongada. 

Eu gosto de música que me faz (re)viver de olhos fechados o mundo de frases, memórias, situações, experiências, gostos, ações, etc., que eu já vivi, que vivo e que um dia, talvez possa vir a viver. 

Eu gosto, mesmo muito, de ouvir música e simplesmente, deixar-me ir. 

 

Mas... e com filhos?! Será que continuamos a ouvir a mesma música, da mesma forma?!

 

A mesma música? Claro que sim!!!

Da mesma forma? Nem por isso... 

 

Mas mais uma vez, nem sempre quando, como e onde queremos, ou nas melhores circunstâncias... mas claro que o que faz parte da nossa individualidade mantém-se e tem de continuar a ser alimentado dê lá por onde der.

É através da realização de atividades que gostamos que nos continuamos a manter saudáveis física e mentalmente! 

Ouvir música, nadar, correr, viajar, ler, dormir, meditar, ou simplesmente, estar, são algumas das diversas atividades das quais nos alimentávamos seriamente antes de termos filhos, e das quais sofremos alguma "fome" quando eles começam a fazer parte da nossa vida. 

Mas a verdade é que esta realidade, faz parte! No fundo, tal como numa dieta, temos é de nos adaptar e ajustar a nossa forma de estar. 

 

Por exemplo, antes era capaz de ouvir o álbum todo dos Vaya con dios num período da tarde, em casa, enquanto preparava uma sessão de formação (por exemplo).

Hoje, cá estou eu, a ouvir pela 2ª vez consecutiva o álbum inteiro do André Sardet do Clube Bebé Nestlé, dado que tenho uma filha que se apaixonou por todas as músicas que lá pairam, e cada vez que as ouve, palra, sorri, brinca e move-se com muito mais brilho...

 

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Nós, a dançarmos ao som de "Dá um abraço dá" de André Sardet. 

 

Mesmo sem ser o que me apetece ouvir, dá vontade de colocar repeat em qualquer uma das canções, não dá?!

 

Seg | 06.07.15

Depressão Pós-Parto não é sinónimo de tristeza! Sabiam?

Ana Vale

Quando se pensa em Depressão é comum associar-se logo a mesma doença à imagem de alguém triste. 

Mas não é bem assim.

 

Num estudo realizado por Dalton em 1996 sobre os sintomas inicias da Depressão Pós-Parto verificou-se que os mais referidos pelas mulheres que fizeram parte do estudo (todas tinham passado por uma depressão pós-parto) eram a ansiedade, agitação, irritabilidade e confusão mental, sendo que a tristeza vinha apenas em décimo lugar.

Do descrito até aqui, verificamos que quando estamos perante uma Depressão Pós-Parto, na sua grande maioria é comum a combinação de sintomas ansiosos, obsessivos e depressivos, pelo que o humor deprimido não é necessariamente o primeiro ou o mais importante sintoma a causar sofrimento às mulheres neste período. 

 

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Dá que pensar, não dá?

 

 

centro@mulherfilhaemae.pt

 

www.mulherfilhaemae.pt

 

Fonte

 

Sab | 04.07.15

Crónicas da nossa Equipa Clínica - "Vamos ser pais! Ou vou deixar de ser grávida..."*

Ana Vale

Há pouco tempo uma recém mamã dizia “tive saudades da barriga” e realmente isto pode acontecer... É como se ser mãe se tivesse congelado naquele momento, naquela fase em que há um conjunto de possibilidades e fantasias...

 

Iniciei esta nossa reflexão com o tema saúde mental e o conceito de normal, pois considero que a nossa necessidade de partilha passa muitas vezes por perceber se o que estamos a viver e a sentir é experienciado e compreendido por outras pessoas. E deste modo sentirmo-nos aceites.

Esta aceitação começa no nosso grupo social (ou é esperado que aconteça), ou seja aquele grupo no qual estamos inseridos e do qual fazemos parte. Aquele grupo que exerce em nós uma forte influência.

E é dentro deste grupo que surge aquela palavra: Expectativa!

 

 

Para não ir mais atrás no tempo (pois desde que nascemos, até antes, esta expectativa acompanha-nos), a altura em que o casal passa para o plano “Vamos ser pais?” é por excelência uma fase de expectativas e de GRANDES expectativas, mesmo nas mais “pequenas” coisas.

 

Expectativa acerca de como seremos como pais (e se esse será o nosso caminho), expectativa se conseguimos engravidar, expectativa se estaremos mesmo grávidos, expectativa se está tudo bem com o bebé, expectativa se é menino ou menina, expectativa como vamos ser enquanto mãe, pai e casal, expectativa de como vão agir os vários elementos da família, expectativa de que tudo serão “rosas”...

Enfim, muitas e muitas e muitas expectativas.

 

Algumas (ou muitas) destas expectativas nem são nossas ou não começam em nós...

E se com estas expectativas vem o imaginar, preparar, aproximar, amar... Também vem o idealizar, aquele ideal que boicota o real. E pode acontecer fugirmos das nossas prioridades, das nossas pedras grandes.

É importante pensar: “Porque é que somos pais?”

Qual a resposta? Quais as expectativas?

 

 

 

 

*Crónica por Raquel Vaz (Psicóloga Clínica)

Qui | 02.07.15

A influência da qualidade do sono na saúde mental pré e pós-parto.

Ana Vale

É mais  do que conhecido que quer durante a gravidez, ou no pós-parto, o sono de uma mulher sofre várias e intensas alterações.

 

No 1º trimestre a presença de náuseas, vómitos, o aumento da frequência urinária, assim como as preocupações pela construção do seu papel parental e as preocupações referentes ao estado de saúde do bebé, são muitos dos motivos que  podem perturbar o sono da mulher.

No 2º e 3º trimestre, as dores dorsolombares, os movimentos fetais, o desconforto abdominal, as cãibras, as expectativas do parto, entre tantos outros, continuam a tornar a atividade do sono, um momento de pouca qualidade, o que muitas vezes provoca sonolência diurna e um cansaço extremo. 

 

 

Para terem uma noção, cerca de 84% das mulheres, relata ter um ou mais sintomas de insónia nas várias semanas de gravidez, com 30% das últimas, a referirem que  nunca tiveram uma boa noite de sono durante a gravidez.

A avaliação deste facto, torna-se muito importante, pois sabe-se hoje que as alterações do sono na gravidez, assim como a vivência de insónia aumentam a probabilidade da mulher sofrer de sintomas depressivos/depressão pós-parto.

 

No pós-parto, o padrão de sono-vigília das mães sofre alterações significativas devido a uma diminuição abrupta das hormonas que estavam associadas à atividade/função da placenta  e também como resultado do padrão irregular do ciclo de sono-vigília do recém-nascido.

Para além disso, sabe-se que a duração total do sono diminui  do primeiro trimestre de gravidez até um mês no pós-parto e a eficiência do sono é inferior nos três meses pós-parto comparativamente à gravidez.

 

 

As mulheres que referem privação de sono significativa e cujos bebes têm problemas em dormir podem ter maior risco de virem a sofrer uma depressão.

No entanto, não são só os últimos referidos que influenciam o sono da mulher no pós-parto, existem outros fatores importantes que importa referir como, a idade da mãe, o tipo de parto, o tipo de alimentação do bebé, o temperamento do bebé, o regresso ao trabalho, o número de crianças em casa, a disponibilidade do parceiro ou de outros membros da família para ajudar durante a noite. 

 

 

Perante todos estes factos, há alguém por aí que tenha usufruído de boas noites de sono durante a gravidez e/ou no pós-parto?

 

 

Fonte 1

Fonte 2

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