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Mulher, Filha e Mãe

Porque a saúde mental na gravidez e no pós-parto importa!

Mulher, Filha e Mãe

Porque a saúde mental na gravidez e no pós-parto importa!

Sex | 31.03.17

Á conversa com a Ana #4 - "Nos primeiros 2 meses da minha filha evitava olhar para ela, estava em piloto automático"

Ana Vale

"Há 2 semanas percebi que precisava de ajuda porque tinha entrado numa espiral de ansiedade, medo, angústia, desespero. Sentia-me quase sempre infeliz, muitas vezes pensava que não queria ter tido a C. e queria a minha vida de volta. Não estava a estabelecer ligação emocional com ela.”

 

Assim começa o texto do meu primeiro desabafo.

Dia 25 de Novembro de 2015, pouco mais de dois meses depois de ter nascido a minha filha, e duas semanas após o início do meu tratamento, enviei um e-mail às minhas amigas a fim de partilhar o que estava a acontecer.

Ao enviar o e-mail, procurando resumir dois meses tão intensos, apercebi-me de algo que, até então, não tinha percebido. Nos primeiros 2 meses de vida da minha filha, eu cuidava dela por responsabilidade e obrigação. Evitava olhar para ela. Estava em piloto automático: era mamar, pôr a arrotar, mudar a fralda, pôr a dormir. Não havia qualquer vínculo emocional.

 

Nessa altura, eu estava tão cansada (e doente) que não me apercebi que ainda não havia acontecido o clique, aquele momento em que olhamos ou pensamos nos nossos filhos e somos inundados de puro amor. Não, eu ainda não amava a minha filha, não como eu hoje sei que é amar. Não a amava incondicionalmente. Amava-a nos dias bons, nos dias em que ela estava calma e em que dormia bem.

Nos outros, a maioria, eu não sentia qualquer empatia por ela, pelas suas necessidades. Sentia-me irritada, frustrada, mesmo zangada com ela. Pensava “porque é que fui ter uma filha assim, tão difícil, que chora tanto?!” Pensava que ela dava muito trabalho, que era uma bebé exigente, que chorava muito, que era um tormento para dormir. Ficava até admirada, às vezes mesmo aborrecida, quando alguém mostrava carinho e preocupação com ela. 

 

Aqueles dois meses foram mesmo uma verdadeira loucura para mim. A pessoa que eu conhecia em mim, até então, tinha desaparecido. Eu, uma pessoa calma, pouco ansiosa, compreensiva, parecia que vivia em constante reatividade, sempre pronta a rebentar à mais pequena situação. Abanei a minha filha porque ela não parava de chorar, gritei com ela, disse-lhe que a detestava, virei-lhe as costas muitas vezes por não suportar o choro, evitava pegar-lhe ao colo, não queria ficar sozinha com ela.

 

Tantos mas tantos sinais de que as coisas não corriam nada bem! Mas, estando no meio da tempestade, com o cansaço característico do pós-parto, pela inevitável privação de sono, não consegui ter o discernimento para ver mais do que o meu sofrimento no dia-a-dia. Nem eu, nem o meu marido. Claro que sentíamos que havia qualquer coisa errada, mas achávamos que passaria, que era uma fase, que era o cansaço a falar mais alto. Que, algum dia, as coisas iriam acalmar.

 

Com a medicação e, sobretudo com a psicoterapia e o shiatsu, a tal ligação emocional começou a aparecer. Nos primeiros dias após o início da medicação o meu marido tirou uma foto de mim e da C. A primeira em que eu sorria verdadeiramente para ela. Poucas semanas depois, pela primeira vez, acordei e em vez de sentir um peso enorme no coração, e uma vontade de fugir, senti amor pela minha filha. Senti que a Amava. Foi tão poderoso para mim. Foi mesmo bonito. Fico emocionada ao recordar. Foi um momento muito importante para mim. Depois de tudo o que aconteceu naqueles dois meses, eu comecei a sentir que não estava estragada, que não era um monstro.

 

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Ao longo deste ano e meio de vida da minha filha, a nossa relação cresceu, cresceu muito, alargou-se para nela caber tudo. Os dias maravilhosos, os dias cansativos, os choros, os sorrisos. Amo incondicionalmente a minha filha.

Sex | 10.03.17

À conversa com a Ana #3 - "Com a depressão pós-parto surgiu a necessidade de focar-me nas minhas necessidades"

Ana Vale

Hoje tirei o dia de férias só para mim! Sem marido, sem filha. Sem horários, sem obrigações. Um dia inteiro para seguir ao sabor do momento.

 

Com a depressão pós-parto, surgiu uma necessidade imperiosa de focar-me nas minhas necessidades. Precisava curar-me, seguindo um tratamento que implicava muito descanso, consultas, terapias. Era tempo que precisava de canalizar para mim. O meu foco não era só a minha bebé. Tinha que ser eu, tentando sempre conjugar isso com a satisfação das necessidades dela, é claro. Era necessário encontrar um equilíbrio entre uma coisa e outra.

 

E isso acabou por servir como uma aprendizagem importantíssima para o futuro. E porquê? Porque mostrou-me, de forma inequívoca, que o meu bem-estar e a minha felicidade são o elemento chave para tudo o resto. Mãe feliz = Filha feliz é realmente verdade. Todos os dias, é importante acordar e pensar/sentir: “O que é que é que eu preciso hoje para estar bem e ser feliz?” Como é que eu posso nutrir-me, quais são as minhas necessidades, o que é que eu preciso para encher o meu copo dos afetos?

 

E digo-vos, sempre, mas sempre, que eu subi um degrau no meu bem-estar e no meu sentido de felicidade, a minha filha ficou mais calma, mais tranquila, mais sorridente. É mesmo literal e automático. Em todos os momentos em que Eu me acalmei, ela acalmou. Quando iniciei o tratamento, com a toma da medicação, quando ajustei a dosagem, quando regressei ao trabalho, quando comecei a psicoterapia e o shiatsu, em todos estes momentos chave para mim, a minha filha ficou mais calma e mais segura. Os episódios de choro passaram a ser muito menos frequentes e com duração menor.

 

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E é muito bonito viver esta dança sincronizada entre mãe e filha. Este fluir de bem-estar e felicidade. Eu estou mais calma e feliz, ela fica mais calma e feliz e, ela estando assim, leva-me a estar ainda mais calma e feliz. É maravilhoso. Claro, que existem momentos, dias em que esta dança está menos sincronizada, às vezes, mesmo caótica. Afinal é o fluir natural da vida, esta alternância entre o caos e a calmaria. Nesses momentos, de stress ou cansaço, por exemplo, o meu marido, e também os avós, surgem como os outros braços que constituem esta dança. Esses braços permitem que a dança continue e que eu possa ir encher o meu copo.

 

Hoje não preciso encher o copo, preciso apenas mantê-lo cheio. Preciso preservar o bem-estar e a felicidade que sinto, para que a dança continue.

Qui | 09.03.17

Empoderar Famílias Adotivas

Ana Vale

O título desta publicação corresponde a um projeto de investigação sobre o bem-estar de crianças e adolescentes em famílias adotivas, com o objetivo principal de avaliar como a adoção, as experiências pré-adotivas das crianças, o comportamento e práticas parentais podem promover  o bem-estar da criança e do adolescente.

Cada criança, pai/mãe e família tem uma experiência e história única para contar sobre si mesmos e sobre como se tornaram uma família. De um modo geral, a investigação tem-se concentrado em visões tradicionais de família, nas quais os casais de sexo diferente com filhos são privilegiados. No entanto, há uma crescente diversidade de configurações familiares entre os quais as famílias por adoção são a base para este estudo. A adoção introduz um conjunto único de desafios, dificuldades, mas também oportunidades para as crianças e pais/mães escreverem a sua própria história familiar.

Na adoção, há também uma diversidade de configurações familiares que pode informar a Psicologia e os investigadores na área do desenvolvimento sobre o que é mais importante para o seu bem-estar.  Neste estudo, a equipa de investigação valoriza a sua experiência única, e ao preencher o questionário terá a oportunidade de escrever, por palavras suas, o que é mais importante para a SUA família.

A equipa está interessada ​​em conhecer a história de TODOS OS TIPOS de famílias adotivas:
- Adoção singular / Famílias monoparentais
- Casais que adotaram conjuntamente
- Pais/mães adotivos cujo estado relacional tenha mudado desde a adoção
- Pais/mães gays, lésbicas e bissexuais por adoção
- Pais/mães adotivos que possam fazer parte de uma configuração familiar diferente
- Nenhuma ou todas as configurações acima descritas, independentemente da configuração familiar ser ou não reconhecida pela agência de adoção.

 

E não custa nada. Basta preencherem o questionário ao qual terão acesso através deste link.

 

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Mesmo se não for esta a vossa realidade, será que não conhecem alguém que a possa viver?

 

Há que reforçar que a equipa de investigação pretende que as respostas dadas no questionário serão tratadas com a máxima confidencialidade, ética e respeito pela privacidade e experiências de cada família. Os pais/mães que participarem neste estudo podem também permanecer completamente anónimos se assim o desejarem.

 

Portanto, vamos partilhar este questionário?

 

Para mais informações podem consultar o seguinte link:

Empoderar Famílias Adotivas

Qua | 08.03.17

As ciências da mente e o ser mulher!

Ana Vale

Incrível como está quase a fazer um ano desde que me encontrei com a Dra. Ana Telma Pereira na Universidade de Coimbra para conhecer o excelente trabalho que juntamente com a sua equipa de investigação tem feito em prol da saúde mental perinatal

 

Para quem ainda não conhecia este espaço na altura, podem consultar os textos que fiz sobre este tema através dos seguintes links:

 

 

Hoje, estou a caminho de um workshop em Leiria que a mesma irá ministrar sobre o Programa Bem-estar Perinatal que dinamiza em Coimbra, num encontro organizado pelo Grupo Português de Psiquiatria Consiliar Ligação/Psicossomática dedicado à saúde da mulher. 

 

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Para breve, trago-vos uma publicação com os resultados deste workshop, assim como outras aprendizagens, que de certo ocorrerão num evento dedicado ao progresso da investigação alusiva a todas nós! 

Seg | 06.03.17

Uma troca de aprendizagens sobre alterações emocionais na gravidez e pós-parto.

Ana Vale

Foi no dia 17 de Fevereiro que tive a excelente oportunidade de ir falar sobre alterações emocionais na gravidez e no pós-parto a uma turma de Técnicos de Ação Educativa no IEFP da Guia. 

 

O desafio foi-me lançado por uma amiga e colega de longa data (Psicóloga Raquel Vaz) que ministra formação nesta área e que considerou que poderia ser pertinente para uma turma desta área aprender mais sobre este tipo de alterações. E assim foi, o sim foi imediato e ainda por cima sabendo de antemão que a turma estava muito interessada nesta temática, a motivação triplicou. 

 

É difícil arranjar uma só palavra para descrever a manhã que passámos juntas, por isso vou ter de arranjar várias palavras, e como tal, foi delicioso sentir o interesse da turma, um orgulho para mim sentir que estava a chegar a muitas das suas questões, um alivio saber que muitas mães com este tipo de vivência vão lidar de perto com técnicas que estão mais sensibilizadas para o tema, reconfortante sentir que levaram este tema dentro delas, até a nível pessoal, e espetacular ter tido a oportunidade de absorver tanto conhecimento empírico junto destas grandes mulheres com quem me cruzei. 

 

Ficaram por responder algumas questões que me colocaram, mas o tempo já não dava para esticar mais... contudo, as questões não estão esquecidas! Ficarão para responder numa próxima publicação. 

 

De qualquer forma, e tendo em conta a autorização das que estavam presentes, aqui ficam alguns momentos que guardarei com muito carinho no meu coração. 

 

Obrigada!!!

 

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Se também tiverem interesse em saber mais sobre o tema, não hesitem em contactar-me através de blog@mulherfilhamae.pt ou em saber mais sobre o projeto que tem como principal objetivo o de sensibilizar para a saúde mental perinatal - o Projeto Mulher, Filha & Mãe

 

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centro@mulherfilhaemae.pt

Sex | 03.03.17

Porque é que o nosso cérebro se torna ansioso?

Ana Vale

A ansiedade está presente numa grande fatia da população portuguesa, e o mesmo aplica-se quando falamos sobre saúde mental perinatal

 

Há pouco tempo li um livro sobre algumas técnicas para controlar a ansiedade, de Margaret Wehrenberg, e de uma forma bastante simples e objetiva a autora leva-nos a compreender o lado mais técnico da ansiedade. Achei curiosa a forma como fez a ponte entre a neurociência e o comportamento humano para o leitor (mesmo podendo ser o último leigo na questão) para que este pudesse aceder de forma mais simples a este tipo de informação. Desta forma, e tendo em conta que a ansiedade é um tema que muitas vezes é abordado quando falamos de gravidez e pós-parto, resolvi trazer aqui um pequeno resumo para responder à questão: Porque é que o nosso cérebro se torna ansioso? 

 

O cérebro integra uma rede complexa de células cerebrais chamadas de neurónios, todas interligadas entre si.

Há muito ainda para conhecer sobre o funcionamento do cérebro, contudo, algo que se sabe até agora é que todos os pensamentos que temos e todas as emoções que sentimos, são resultado da atividade cerebral, e da mesma maneira que não nos sentimos bem quando algum órgão não está a funcionar adequadamente, os nossos pensamentos e emoções podem sofrer perturbações se o cérebro não estiver a funcionar bem.

 

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Os neurónios comunicam entre si através de mensageiros específicos, os chamados neurotransmissores. Quando há problemas ao nível da sua quantidade - podem ser insuficientes, ou suficientes, mas não conseguirem passar a mensagem de um neurónio para outro, ou estarem presentes em excesso - e qualidade - no que toca ao local do cérebro onde são recebidos, ou, por exemplo, se houver dificuldades no recebimento da mensagem no ponto de chegada, podendo haver neurónios que não as recebem com facilidade - a pessoa pode desenvolver ansiedade, ficando preocupada, reagindo excessivamente ao stress, ficando em pânico, ou até dando demasiado importância a coisas que não a merecem.

 

O tipo de sintoma que é sentido depende do tipo de neurotransmissores que tem problemas num determinado local do cérebro.

 

Estes sintomas podem ir desde o negativismo, à preocupação, a uma maior sensibilidade à ameaça, à perda de controlo emocional, a preocupações recorrentes, à demonstração de uma atitude inflexível, à agitação geral, à inquietação interior, tensão física e mental, ataques de pânico, sensação de desespero, concentração excessiva nos pormenores, entre outros. 

 

Durante o período perinatal (que vai desde a conceção até ao primeiro ano após o parto), muitas pessoas referem sentir ansiedade de uma forma geral, com vários tipos de manifestações como as supracitadas, tal como,  já abordei aqui

Seja neste período, ou em qualquer outro da vida, aprender e praticar algumas técnicas de meditação e relaxamento pode ajudar a atenuar este tipo de sintomatologia. Nesta fase, o controlo da ansiedade ganha um maior relevo tendo em conta o período em questão, e a influência do comportamento materno sobre o feto/bebé. Por vezes, estas medidas não farmacológicas podem mesmo ter de ser acompanhadas de medidas farmacológicas quando a ansiedade se torna patológica. Estas últimas medidas só podem ser prescritas por um médico. 

 

Se a ansiedade se está a tornar num parceiro cada vez mais presente na sua vida neste momento da gravidez e/ou do pós-parto, entre em contacto connosco. Podemos ajudar! 

 

 

centro@mulherfilhaemae.pt

(+351) 936 180 928

Qua | 01.03.17

Bebé-Mãe: a primeira relação humana.

Ana Vale

O título deste texto é da autoria de Daniel Stern que na década de 80 editou um livro, assim intitulado, e que em muito contribuiu para o aumento de conhecimento inerente à psicologia do bebé, assim como para a crescente consciencialização da importância da relação mãe-bebé para o seu desenvolvimento psicossocial.

Ao terminar de ler uma das suas obras, rápido pensei em partilhar algumas das suas conclusões aqui no blogue que me fizeram refletir bastante, e que espero que também vos façam refletir também.

 

Todos nós passamos por esta relação, sendo, de facto, a nossa primeira relação humana. 

Stern observou, filmou, analisou, estudou e descreveu muitas das interações entre o bebé e a mãe, e de vários desses momentos, retirou uma panóplia de conclusões que deram origem a conhecimentos fundamentais, que ainda guiam determinadas práticas de muitos profissionais que trabalham este tipo de relação, nos dias de hoje. 

 

Uma das suas primeiras grandes afirmações ditam que a "mãe e o bebé, quer estejam conscientes disso, ou não, sabem mais do que nós sobre as suas próprias interações sociais (...). A mãe está envolvida num processo natural com o bebé, um processo que se desdobra com uma complexidade fascinante para o qual, ela e o bebé estão preparados por milénios de evolução". Motivo pelo qual, na grande maioria das vezes, o que fazia, era observá-los.

 

Da análise destas primeiras interações concluiu que as interações sociais naturais existentes entre ambos, constituem-se das experiências mais cruciais na primeira fase de aprendizagem do bebé. Ao fim de alguns meses, o bebé desenvolve a capacidade de compreender alguns esquemas do rosto humano, voz, tato, e dentro destas categorias ele reconhece o rosto, voz, movimentos específicos da pessoa que mais cuida dele - normalmente, a mãe. Para além disso, apreendeu pistas sociais que têm efeito mútuo para iniciar, manter, terminar e evitar interações com a mãe. 

 

Pode-se afirmar que o comportamento maternal, é a matéria do mundo exterior com a qual o bebé começa a construir o seu conhecimento e a experiência de tudo o que é humano, assim como é interessante verificar que as mães agem com os bebés de uma forma diferente de como agem com outros adultos ou crianças mais velhas, sendo que, cada pessoa desenvolve o seu próprio estilo de comportamento, de acordo com o que é, ou de acordo com o seu bebé.

 

 

Seja através das expressões faciais, do tom de voz, do que verbaliza e da forma como o faz, da proximidade, do olhar, do toque, etc., várias são as formas pelas quais mãe e bebé comunicam e interagem, sendo este, de acordo com Stern, um "processo individual e intrincado - de improvisação, no local de comportamentos inesperados que vêm de dentro, de criação espontânea e mudança de padrões temporais e sequências de comportamento que nunca antes tinham sido manifestados dessa maneira, e que, no entanto, são observados milhões de vezes". O suficiente para conduzir a uma direção de ação nova e desconhecida, fazendo tudo isto parte de um processo natural e comum a todos nós.