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Mulher, Filha e Mãe

Porque a saúde mental na gravidez e no pós-parto importa!

Mulher, Filha e Mãe

Porque a saúde mental na gravidez e no pós-parto importa!

Ter | 07.11.17

Mais um exemplo de que pedir ajuda compensa...mesmo quando se está longe!

Ana Vale

Há poucas semanas, no grupo do facebook que criei - Maternidade nem sempre rima com felicidade - uma mulher publicou uma mensagem muito espontânea, genuína e sofrida. A solidão foi o sentimento de ordem, e gritou tanto naquele momento que a mulher sentiu que precisava de escrever e publicar para alguém ver e "ouvir". 

 

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Naquele momento não me era possível responder-lhe, e nem acedi à publicação em tempo útil, mas quando a vi... dezenas de comentários repletos de valorização, compreensão, disponibilização de presença e apoio ressoaram mais alto. 

 

Gostava de registar que o sentimento de orgulho e gratidão percorreu-me instantaneamente e de forma veloz. Foi impossível não ficar emocionada ao ver que a compaixão feminina e o sentimento materno demonstrou-se espontaneamente naquilo que senti como um abraço imaginário e sentido entre muitas mulheres e mães que ali estavam presentes. Todas, umas para as outras. Muita identificação, mas também muita compaixão pelo direto pedido de ajuda de alguém que estava longe, muito longe. Estava tudo acontecer ali, naquele grupo, com aquele título refutado por muitos outrora, num espaço de muitos lugares e poucas caras - até ali - e num lugar virtual mas que em tudo fez sentido naquele momento e naquela hora para aquela pessoa. Para aquelas pessoas. Se dúvidas houvesse, ali ficou explicito que o que quer que estivesse a fazer neste sentido, onde nem sempre se ergue uma resposta clara no tempo desejado sobre o caminho a trilhar, fazia sentido. Tudo me fez sentido naquele momento, e o apoio e orientação que muitas vezes peço e desejo em silêncio, gritou bem alto numa demonstração compassiva absoluta, daquilo que tenho expectativa que um dia, num outro espaço que criei, também assim seja e de uma forma mais pessoal. 

 

Só posso ser grata a todas estas mulheres que estão mesmo lá. Todas elas, estiveram lá e muitas delas responderam com afeto e disponibilidade demonstrando que o sentimento de solidão até poderá ser partilhado, mas assim também o é, o apoio e a ajuda. 

 

Mais uma vez, este é um exemplo de que, pedir ajuda compensa. 

 

E tu, já pediste ajuda

 

 

centro@mulherfilhaemae.pt