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Mulher, Filha e Mãe

Porque a saúde mental na gravidez e no pós-parto importa!

Mulher, Filha e Mãe

Porque a saúde mental na gravidez e no pós-parto importa!

Qua | 18.05.22

Saúde mental perinatal: 5 sinais que te devem levar a pedir ajuda!

Ana Vale

Saúde Mental Perinatal caracteriza-se pela saúde mental da mulher desde a conceção até ao primeiro ano após o parto, e desta forma, engloba qualquer temática que integre este período e que esteja relacionado com a saúde mental.

 

Ao longo deste período várias são as alterações emocionais que podem desenvolver-se. Tenho falado sobre muitas aqui

 

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Hoje resolvi identificar 5 sinais que te devem levar a pedir ajuda, se te encontras no período perinatal: 

  1. Não consegues dormir, mesmo quando o teu bebé dorme; 
  2. Estás sempre muito preocupada e com dificuldade em "desligar" dessas preocupações; 
  3. Não sentes vontade e/ou tens medo de cuidar do teu bebé; 
  4. A vivência da gravidez/pós-parto está a ser sentida por ti como angustiante; 
  5. Sentes-te sozinha e que ninguém à tua volta te apoia nesta fase.

 

Estes não são os únicos sinais, mas são alguns dos mais comuns. 

Sentes outros? Quais? Queres partilhar a tua experiência neste sentido? 

mulherfilhamae@gmail.com

Qui | 12.05.22

O que faz um enfermeiro especialista em saúde mental?

Ana Vale

Hoje é dia do enfermeiro! E por aqui, falamos muito sobre enfermagem. 

Em cada texto, em cada artigo, em cada publicação, o olhar da enfermeira que há em mim, está sempre subjacente! 

Desta forma, fez-me sentido recuperar uma publicação realizada no instagram (@enfermeiravaiacasa), onde respondo a uma questão: o que faz um enfermeiro especialista em saúde mental?

 

Várias são as pessoas que na sequência de dizer que sou Enfermeira Especialista em Saúde Mental e Psiquiátrica (EESMP) logo me questionam: mas o que faz um EESMP?!

Esta pergunta é comum, mas não é só esta. Muitas nem sequer sabem que os enfermeiros podem desenvolver conhecimentos especializados numa determinada área, para além da saúde mental. Falo-vos da área da reabilitação, pediatria, saúde materna e obstétrica, saúde comunitária e médico-cirúrgica.



São os enfermeiros que optam pela realização de uma determinada especialidade, que a financiam e que retiram do tempo EXTRA trabalho para estudar e desenvolver todas as tarefas necessárias à concretização da respetiva especialidade (e acreditem... não são poucas!). E assim, é através destes anos extra que passam a especializar-se numa (ou em mais do que uma) determinada área que acabam por desenvolver conhecimentos mais aprofundados e competências específicas numa área do seu interesse.



Cedo percebi que a minha área de interesse era a saúde mental. Inicialmente, ainda muito ligada à prática no âmbito da psicogeriatria, sempre quis aprender mais nesta área. Depois surgiu a saúde mental perinatal, e depois a psiquiatria, e depois a reabilitação psicossocial, entre outras.

Mas faça o que fizer, desenvolva os conhecimentos que desenvolver, em primeiro lugar, sou, e serei sempre, enfermeira.

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Aquilo que um enfermeiro pode fazer está descrito no nosso REPE (Regulamento do Exercício Profissional do Enfermeiro), e o que um EESMP pode fazer, também consta no Regulamento de Competências Específicas do EESMP. Todos estes documentos encontram facilmente no site da @ordemenfermeiros.



"O EESMP, para além da mobilização de si mesmo como instrumento terapêutico, desenvolve vivências, conhecimentos e capacidades de âmbito terapêutico que lhe permitem durante a prática profissional mobilizar competências psicoterapêuticas, sócio terapêuticas, psicossociais e psicoeducacionais. Esta prática clínica permite estabelecer relações de confiança e parceria com o cliente, assim como aumentar o insight sobre os problemas e a capacidade de encontrar novas vias de resolução."

 

É esta a base do meu trabalho na consulta de enfermagem em saúde mental perinatal

 

Marcações/informações: 

mulherfilhamae@gmail.com

(+351) 92 682 82 02

@enfermeiravaiacasa

Qua | 04.05.22

Porque a saúde mental materna, importa!

Ana Vale

Não sendo oficial, mas sendo um dia reconhecido por vários países no mundo inteiro como podem ver aqui, partilho, sublinho e evidencio: hoje, é dia mundial da saúde mental materna!

 

O dia mundial da saúde mental materna chama a atenção para diversas preocupações. As mudanças de vida em torno da gravidez tornam as mulheres mais vulneráveis ao desenvolvimento de doenças mentais. O ciclo negativo de doença mental afeta a capacidade da mulher funcionar adequadamente e prosperar, o que pode afetar também o seu feto/filho com consequências físicas, cognitivas e emocionais duradouras. 

 

Os cuidados de saúde mental fornecem o apoio necessário para capacitar as mulheres a identificar recursos e capacidades pessoais. Isso pode aumentar a sua resiliência a circunstâncias difíceis da vida e apoiá-las a nutrir os seus filhos da maneira mais adequada. Cuidar das mães é uma intervenção positiva para o desenvolvimento social a longo prazo!

 

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Atualmente, sabemos que: 

  • 1 em cada 5 mulheres experiencia algum tipo de perturbação do humor e/ou da ansiedade no período perinatal. Estamos a falar de depressão e ansiedade perinatal, perturbação obsessivo-compulsiva perinatal, perturbação bipolar do humor e psicose pós-parto; 

 

  • 7 em cada 10 mulheres esconde ou desvaloriza os sintomas que refletem as alterações acima mencionadas. Sem valorizarem e perceberem o que se passa, o suporte e o tratamento não acontecerá tão depressa, e tal poderá ter um impacto devastador nas mesmas e respetivas famílias; 

 

  • 1 em cada 10 homens desenvolve depressão perinatal. As perturbações do humor/ansiedade afetam toda a família, e com o suporte adequado, a abordagem familiar pode permitir que ultrapassem este momento da forma mais tranquila possível. 

 

  • Estima-se que 20-25% das gravidezes terminem em aborto espontâneo ou nado morto. Adicionalmente à dor sentida, estas mulheres têm uma forte probabilidade de desenvolverem depressão perinatal. Também o facto das mulheres terem partos prematuros e bebés que passam longos períodos de tempo em cuidados intensivos neonatais, também pode afetar a saúde mental materna. 

 

Estes, são apenas alguns dos dados que sublinham a importância de se apostar na área da saúde mental perinatal, evidenciando o quão a saúde mental materna e paterna, importa!

 

Através da consulta de enfermagem em saúde mental perinatal, posso ajudar! 

 

Marcações/informações: 

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@enfermeiravaiacasa

Dom | 01.05.22

O dia de TODAS as mães.

Ana Vale

Das que têm os filhos nos seus braços. 

Das que já viram os seus filhos crescer e partir. 

Das que adoravam sê-lo e até aqui não conseguiram. 

Das que os sentiram nas suas barrigas e não os conheceram. 

Das mães que os perderam. 

Das grávidas que os sentem a crescer dentro de si. 

Das que os acolheram depois de outras os parirem. 

Das que ainda estão a tentar ser. 

Das que aguardam. 

Das que sofrem com os filhos nos seus braços. 

Das que tudo sabem, e nada sabem. 

Das que se superam, a cada dia. 

Este, é o dia de TODAS as mães. Aquelas que Para Sempre, ficam. 

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Para Sempre

Poema de Carlos Drummond de Andrade , "Lição de Coisas: poesia". São Paulo: J. Olympio, 1965.

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.