A influência da personalidade na depressão perinatal: Autoestima e otimismo.
Continuo a percorrer alguma da bibliografia existente capaz de nos fazer entender de que forma é que a personalidade poderá influenciar o desenvolvimento da depressão no pré e no pós-parto.
Assim sendo, até aqui já foram desenvolvidos os seguintes temas dentro da área em questão, e que podem consultar nos seguintes links:
- A influência da personalidade na depressão perinatal;
- A influência da personalidade na depressão perinatal: A personalidade;
- A influência da personalidade na depressão perinatal: Temperamento e Caráter;
- A influência da personalidade na depressão perinatal: Dependência e autocrítica.
Inerente ao presente tema, sabe-se que uma baixa autoestima foi apontada como tendo impacto no humor depressivo durante a gravidez, sendo a baixa autoestima e o baixo otimismo apresentados como fatores de risco significativos para o aparecimento de sintomatologia depressiva no pós-parto.
Mulheres com estas características, apresentam uma probabilidade 39 vezes superior de exibirem sintomas depressivos comparativamente a mulheres com autoestima elevada.
Outros autores, verificaram que mais do que estar associada ao desenvolvimento de depressão pós-parto, a baixa autoestima era um mediador entre a ocorrência de fatores de stress e a qualidade das relações íntimas primárias e o desenvolvimento de sintomas depressivos.
Por outro lado, o otimismo e a elevada autoestima estão associados a níveis menores de sintomatologia depressiva durante a gravidez e no puerpério (período que vai do nascimento até às 6 semanas após o parto), chegando até, a serem considerados como fatores "protetores" ao desenvolvimento de uma depressão pós-parto.