A relação mãe-bebé, tal como ela é.
A relação mãe-bebé, não tem de seguir padrões rígidos, inflexíveis. Não tem uma determinada textura, ou sabor. Não tem uma tonalidade totalmente afirmativa, nem um toque absolutamente suave.
Não é completamente estática, nem anda sempre às voltas. Não é de curvas e mais contra-curvas. Não é de extremos. (Não) anda à deriva, nem se constitui numa só certeza. (Não) anda só e (pode andar) mal-acompanhada.
Não é rosa-choque, nem verde às bolinhas roxas. Não sei se é azul. Talvez laranja?
Não anda sempre de mãos dadas com a fluorescência da felicidade, nem se encaixa permanentemente, e num para sempre, com os patins da depressão.
Não é estanque. Por vezes é não, outras sim e/ou talvez.
Parece-me que por vezes amarga, por vezes reconforta. Por vezes abraça, por vezes afasta. Por vezes envolve, e outras, simplesmente limita.
Por vezes solta, dá força, velocidade e ação. Outras, integra dúvidas, mágoas e confusão.
Faz de certo reviver, e sem tantas certezas, traz um tanto de conhecimento.
É luz. É fogo. É terra. É água. É ar. Não é.
É o que é. Dinamismo, e vida, com esperança na segurança e sem querer absorver o oposto. Com fé no amor, sem ser sempre por todos desejada. Paira sobre o manto da família e de uma sociedade, sem ser por todos, tocada.
A relação mãe-bebé, assim o é. Por vezes branca, e por vezes prateada. Pronta para ser desenhada. Sem sombra de dúvidas de que caracteristicamente única e personalizada.