EU SOU CAPAZ!
Por hoje, volto costas.
Volto costas aos devaneios que tomam por loucos guerreiros que nos fazem sorrir.
Volto costas à deriva, que nos coloca a vida, num mar sem fim atingir.
Volto costas à ira que implica o estrago de um dia a começar.
Volto costas ao jogo, que implica a vitória de quem age sem pensar.
Volto costas ao suor, que derramei sem pudor, e que pouco ou nada me fez ganhar.
Volto costas à mágoa, que me apraz aquela emoção que não consegue atingir a razão.
Volto costas ao ser, que me irrita a valer e me faz enlouquecer.
Volto costas porque sim.
Volto costas porque consegui.
Volto costas, porque me apetece gritar:
EU SOU CAPAZ!