O que suscita em mim, o choro do meu bebé?
Quando uma mãe/pai está a tentar responder ao motivo subjacente ao choro do seu bebé, possivelmente, não é algo que se questione. No entanto, e caso este foco seja identificado em consulta de saúde mental perinatal como desadaptativo à transição para a maternidade/paternidade, será certamente uma área prioritária de ajuda.
O choro faz parte da linguagem do bebé para comunicar com os que dele cuidam de forma a poderem ir ao encontro das suas necessidades. Será fome? Necessidade de afeto? Dor? Cansaço? Raiva/tristeza? Fim do dia?
Winnicot e Brazelton identificam alguns tipos de choro, formas de manifestação e algumas estratégias de conforto. No entanto, esse espaço, onde essas estratégias são colocadas em prática, é único entre cada mãe/pai e cada bebé.
Motivo pelo qual, apesar de haver vários estudos neste âmbito, esta não é uma ciência exata pois há inúmeros fatores que podem contribuir para o resultado pretendido: acalmar o bebé.
Pode haver uma causa orgânica subjacente a um choro que não se acalma facilmente com o colo de uma mãe/pai, mas estes casos são pouco prevalentes face aos restantes. Ou seja, podem haver bebés que choram muito, e durante várias horas, e não estão doentes, não têm fome, não têm dor, não estão tristes/zangados. Podem estar cansados e/ou com dificuldade em autorregular-se, mesmo com o afeto transmitido pelos pais. Como estamos a falar de uma díade/tríade, as possibilidades são várias, e o efeito que este choro causa na mãe/pai, pode aumentar os seus níveis de ansiedade, e com o tempo, e como consequência, aumentar os seus sintomas depressivos, o medo, a irritabilidade e a insegurança.
As mães nascem biologicamente preparadas para responder ao choro dos seus bebés, mas podem não estar mentalmente preparadas para tal. Desta forma, não são menos mães, ou piores mães por isso. Contudo, podem sim, precisar de ajuda e não devem hesitar em pedi-la! ❤️
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