"Sim, tive uma depressão pós-parto e ninguém se apercebeu"
Há poucos dias uma leitora do blogue entrou em contacto comigo.
Acabou por expor a sua vivência relativa a um pós-parto menos positivo, e no meio da sua reflexão, acabou também por referir algumas questões que, por serem tão frequentes, e ao mesmo tempo por causarem tanta dor, decidi partilhar com a sua autorização. Esta, foi uma delas.
O inicio do seu email foi assim:
"Sim, tive uma depressão pós-parto e ninguém se apercebeu. Médicos, enfermeiras, família, amigas (poucas). E principalmente o meu companheiro."
E a verdade é que não foi só o inicio deste email que começou assim. O inicio da história de muitas mulheres que desenvolvem uma depressão pós-parto, começa assim.
Rápido a doença se desenvolve e ganha espaço no âmago da mulher, aos olhos do companheiro, perante a família, e por vezes, entre a mulher e o bebé.
Vários são os sinais e sintomas que podem ser sentidos pela mulher e observados por terceiros. Muitos deles já desenvolvi neste e neste texto, por exemplo.
Várias são as estratégias que a família e amigos podem adotar para ajudar a mulher/casal, tal como já referi neste texto e já identifiquei neste vídeo.
Se mesmo assim, algum de vocês identifica uma possibilidade da mulher estar a desenvolver uma depressão pós-parto, não hesitem em pedir ajuda!
Várias foram as pessoas que já pediram ajuda, várias foram as pessoas que já a obtiveram e várias foram as pessoas que já se trataram. A depressão pós-parto é uma doença, que tem tratamento e precisa de ser encarada como tal!
Peçam ajuda! Pedir ajuda não faz de vocês a família que falhou.
#eupediajuda
centro@mulherfilhaemae.pt